segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

MAS… QUE FIZ EU!...

Hoje publiquei na minha página SABER VIVER https://www.facebook.com/saberviver2012 o meu novo poema "MAS… QUE FIZ EU!..." que aqui transcrevo:


MAS… QUE FIZ EU!...

Em cada pedra que coloquei
Em cada árvore que plantei
Pus todo o meu ser!...

Mas…
Que fiz eu, para tal sina merecer?!...

Se plantei com amor
Se mil flores lá depositei
Para que aquele oásis
Fosse um jardim em flor
Se em todos os recantos
Havia uma dolente canção
E, em tudo o que fiz,
Uma total e suave doação…

Que fiz eu, para assim permanecer?!...
E neste mar de tormentos sem fim
Aguardando um raio de sol
Que venha, finalmente,
Se espreguiçar em mim
Aquecendo-me,
 Com o calor morno
No conforto das asas
 De um belo querubim
Fazendo brotar, finalmente,
A branca e singela flor
Nas hastes simples e frágeis
Deste humilde e solitário jasmim.

Maria Sá
27/05/2012

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Nova página SABER VIVER


Informo ter criado hoje, dia 26-11-2012 a página "SABER VIVER" onde passarei a partilhar convosco os meus poemas e reflexões http://www.facebook.com/saberviver2012


Aspecto global do Sarau de Poesia "SABER VIVER" com apresentação de Poemas de Maria Carolina Sá, no dia 24 de Novembro de 2012, na Biblioteca Municipal Rocha Peixoto, Póvoa de Varzim.


Apresentação de Poemas de Maria Carolina Sá pelo Grupo dos Poetas Poveiros e Amigos da Póvoa no Sarau de Poesia "SABER VIVER" no dia 24 de Novembro de 2012, na Biblioteca Municipal Rocha Peixoto, Póvoa de Varzim.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

A vida é uma caminhada

A vida é uma caminhada. Saboreemos todos os momentos, para quando chegar o fim da jornada sentirmos o prazer da vitória.

Maria Carolina Sá

sábado, 27 de outubro de 2012

Viver é uma dádiva


Viver é uma dádiva.
Apreciemos as pequenas coisas da vida, para nos tornarmos grandes seres humanos.

Maria Carolina Sá

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Mundo Cão (do audiolivro "Como pedrada no charco" de Maria Carolina Sá


MUNDO CÃO (poesia)
extracto do audiolivro
"Como pedrada no charco"
de
Maria Carolina Sá


MUNDO CÃO

Rostos de crianças
Belas, ladinas
De olhos brilhantes
De faces rosadas
Sorrisos abertos
Graciosas… lindas!
Corações palpitantes
De tanta alegria
De tanta pureza!
Cabelos ao vento
Caracóis desfeitos
Saltam, brincam,
Pulam, riem,
Vivem a vida
Com todo o vigor
E, sem mesmo saberem,
Constroem um mundo
De carinho e amor.

Crianças felizes
Com pais coerentes
Abraçam e beijam
Brincam inocentes.
Que lindas crianças
De todas as cores!
Unem as mãos,
Bailam,
Saltitam,
Saem correndo
Jogando à bola,
À macaca, ao pião.
Saltam à corda
Pincham sem parar
Sobem aos móveis
Rodopiam no ar.

Mesmo quando há fome
Ou míngua de leite
Ainda saltitam
Cantam de roda
Riem e saltam
Como se fossem
Felizes para sempre.
O carinho da mãe
O amor do pai
É o bastante
Para mitigar a fome
Do pão, do leite…
Seus corpos franzinos
Seus rostos sujitos
Suas mãos vazias
Buscam no lixo
Um naco de pão,
Um resto de fruta,
Ou, quem sabe?!...
Algum brinquedo
Perdido no entulho
Para distrair
A fome pungente…
Do estômago vazio…

Há tanta criança, tanta!...
Sozinha no Mundo
Nua, descalça,
Sem pão, sem berço,
Com olhos tão lindos
Mas baços de lágrimas,
De apatia, tristeza,
Vítimas da guerra
Deste “Mundo Cão”
Que destrói
Espezinha
Sem dó, sem amor,
Sem um pingo de fé
Sem nenhuma razão…
Apenas pensando
No lucro que dá
O negócio das armas
O valor do petróleo
Da droga, de tudo
O que a ambição
Consegue abarcar…
Sem nunca pensar
Na fome, na dor,
Das pobres crianças
Que querem viver
Felizes e risonhas
Neste Mundo Cão”

E, se fosse só isso!...
Que diremos então
Daquelas crianças
Que jazem no chão
Mortas, estropiadas…
Vilmente tratadas
Tirando-lhes os pais
A alegria, o pão…
Como pode haver
Tanta maldade
Neste “Mundo Cão”?

Mas…
Sorte a minha!...Ainda vejo crianças
Que riem, que saltam,
Felizes,
De barriguinha cheia
Com cores rosadas
Cabelos brilhantes
Roupas quentinhas
Cheias de conforto
Cobertas de mimos
Brinquedos aos montes
Espalhados no chão!
Será que é verdade
Que ainda há crianças
Tão maltratadas
Sem roupa, sem casa,
Neste “Mundo Cão”?!...

Ah! Não!
Não pode ser que haja crianças
A quem tudo é negado.
O amor dos pais,
A sopinha quente
As roupas bonitas
Os laços, as rendas,
Ursinhos e jogos
Não!... Isso não!...
Deve ser fantasia
Da televisão!..
Ou, então…
É verdade!
E sem o sabermos
Ou querer aceitar
Nós vivemos mesmo,
Neste Mundo Cão”.

Maria Carolina Sá

19/11/2004

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

SABER VIVER - Sarau de Poesia, Maria Carolina Sá



SABER VIVER


Grupo dos Poetas Poveiros e Amigos da Póvoa

Apresentação de Poemas de:



24 de Novembro de 2012, às 21:30h

Biblioteca Municipal Rocha Peixoto
Rua Padre Afonso Soares
4490-664 Póvoa de Varzim

GPS: 41º 23' 6.34" N 8º 45' 37.27" W

Telefone:             252 616 000      

terça-feira, 26 de junho de 2012

Aqui!...


Aqui!...
Onde o céu se funde com o mar
As gaivotas tangem as ondas
 No seu suave voar…
E onde o azul e o verde
Se misturam em laivos de prata
 Com raios de sol fulgente
 Num ténue pincelar…

Aqui!...
Onde o mar beija a areia…
A espuma das ondas
 Nos afaga e enleia…
O Sol se deita nos braços do mar…
Que em espelhos de água
 Se vem derramar…

Sim!...
Aqui!...
Onde o Sol poente
 Num mar de fogo  vem mergulhar…
Recordando momentos felizes
Num tempo longínquo
E, há muito ausente,
Onde vivia feliz
Cantando e rindo
Correndo na areia
 E, com tiras de algas,
Fazendo sandálias
E, à corda saltar…
Aqui!...
Onde cheguei,
 Carregando mágoas
E chagas por sarar…
Num pranto sofrido
 E difícil de suportar…
Vivendo na paz suave
Do sussurro das ondas
Que me embalaram
No seu doce marulhar…

Sim!...
Aqui!...
Junto à areia dourada
 E bem juntinho ao mar…
Encontrei a harmonia suave da solidão
E dos muitos amigos
Que me deram a mão.

Maria Sá
07-05-2012

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Despertar

Ao raiar dum novo dia
Abramos os nossos olhos
Para assim despertar
Este mundo em agonia
Em que a ambição
O poder e a traição
Se vieram instalar
Para nos virem tirar
Todo o amor e alegria
Que esta Terra tem pr’a dar.

O tempo passa…
E tudo fenece
Em redor de todos nós!...
Acabou-se a caridade,
A doação, o carinho
Que o nosso coração aquece.
Cresce o ódio, a depravação,
A falsidade!...
O mundo é dos ladrões,
Dos “espertos” e vilões
Que sem qualquer respeito
Calcam. Espezinham,
Destroem e maltratam
Criando à nossa volta
Só tristezas e desilusões.

Metamos mãos à obra
Semeando o grão do amor
Sulquemos esta seara
Remexendo e cavando
Com coragem e ardor.
Arranquemos as ervas daninhas
Que nos estão afogando,
Adubemos com carinho
E com humano calor
E veremos as espigas
Douradas e ondulantes
Saciando os famintos
Como fontes refrescantes
Aos esgotados caminhantes.

31/03/2012

Maria Sá

domingo, 1 de abril de 2012

PÁSCOA

Esvoaçam flores pelo chão
Entre heras e alecrim
À brisa suave da Primavera!
Tilintam campainhas,
Há risos e uma alegria sem fim,
Abraços amigos,
Crianças saltitando,
Sol morno,
Carinho, muito amor…
Quanta nostalgia!...

A mesa está repleta de iguarias!...
É chegada a Páscoa!
Vamos receber um visitante especial!...
 Jesus Ressuscitado!...
Que a nossa casa vem
Cantando sem cessar
Em brados de alegria
Aleluia!... Aleluia!... Aleluia!...

De longe vêm parentes
Amigos há muito ausentes
Que em nosso lar se reúnem
Num abraço de amor,
Num terno laço
Feito de saudades,
De amizade, ternura,
Sabor a pão-de-ló,
Amêndoas multicores
Com imensos sabores,
Vinho fino em cálices
De cristal transparente,
Ovos pintados
 Ou cozidos, simplesmente,
Chocolates embrulhados
 Em papéis coloridos,
Salgadinhos apetitosos,
Doces de ovos,
Folares bem enfeitados,
Bolos de todas as cores
E com óptimos sabores,
Roupa nova cheirando a alfazema,
Flores desabrochando
Tulipas, glicínias e jacintos,
Rosas de suave perfume,
Esterlícias imponentes,
Orquídeas resplandecentes
E nos campos verdejantes
Malmequeres e papoilas
Em tapetes ondulantes.
Borboletas esvoaçando
Passarinhos chilreando…
Toda a natureza grita
Em solene harmonia
Aleluia!... Aleluia!... Aleluia!...

É Ele, o Nosso Salvador,
Que entra em nosso lar
Em todo o seu esplendor
Saudando-nos com alegria
Boa Páscoa! Aleluia!...Aleluia!...
  
Maria Sá                         
 30/03/2012

segunda-feira, 19 de março de 2012

O FASCÍNIO DA MULHER

(Três Pássaros, quadro pintado pela autora em 1999)

Com encanto natural
Sensibilidade e ternura
Eis a mulher corajosa
Que mesmo débil e franzina
Impõe com graça e candura
Sua força e energia
Com plena formosura.

Desde muito pequenina
Ela encanta e fascina
Com sua graça cativante.
Do mais jovem ao idoso
Não há homem corajoso
Que não se renda ao feitiço
Dessa jovem fascinante
Ao encanto maravilhoso
Desse ser tão radioso
De ar sereno e triunfante.

Mui esperta e resoluta
Ela se torna mulher
E, como uma leoa,
  
Ela trabalha, ela luta,
Dando carinho e amor
Aos que dela se aproximam
E com ela compartilham
Esta vida de labuta.

Ser mulher, é ser doçura,
Coragem e afeição,
É a beleza e a ternura
Que todo o homem procura
Neste mundo de imperfeição.

Ela é mãe acolhedora,
Amante mui carinhosa
Amiga incondicional
Doce, meiga e cuidadosa.

Tratemos bem desse ser
Com que Deus nos presenteou
Para termos ao nosso lado
O presente mais desejado
Que o homem almejou.

Maria Sá
18-03-2012

quarta-feira, 7 de março de 2012

Ser mulher!...



Ser mulher, é ser flor,
Neste jardim encantado
Que pela mão de Deus foi criado
Para, junto com o homem,
De mão dada e com amor
Para um ao outro ajudar
Criar um mundo sem par
Vivendo em harmonia
Lutando com muita energia
Pr’as dificuldades enfrentar
Num abraço, pleno de amor,
Gozando a beleza e perfume
Que só ela pode exalar.

Mas, tal como a flor,
Que requer muita atenção,
Carinho e devoção
Para nos inebriar
Com sua beleza e odor
Também ela precisa
De carinhos e de afagos
Para poder desabrochar
Em todo o seu esplendor.

Se assim for tratada
Qual flor especial
Ela se transformará
Numa jóia preciosa
Onde o homem beberá
Todo o amor e saber
Que sempre almejou ter.

Tal como um jardim florido
Tratado com muito carinho
Extasia o nosso olhar
Pela beleza que irradia
Também o homem terá
Todo o perfume e sabor
Que só uma mulher em flor
Lhe pode proporcionar.

Por isso, demos as mãos,
E, com todo o nosso amor,
Criemos este jardim sem par
Onde juntos construamos
Um mundo de harmonia
Com muito respeito e carinho
Para vivermos felizes
Mesmo tirando escolhos
E juntos, tu e eu,
Nos debrucemos os dois
Para limpar este mundo
Das agruras e defeitos
Que nos impedem de viver
A felicidade desejada
Que não é só alegria
Mas a harmonia serena
De vencer com força e coragem
Toda esta luta constante
Do viver do dia a dia.

Maria Sá
8/3/2012

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

O circo da vida

Nesta arena do viver,
Neste circo do sofrer,
Que se ouça o som da música
Num passe doble animado
Numa fonte de prazer.
E vivamos neste circo
De ilusão permanente
Quer sejamos apresentadores
Bem vestidos, bem falantes,
Ou contorcionistas
Nestas reviravoltas constantes,
Equilibristas
Nas cordas bambas deste viver,
Malabaristas oportunos
Manipulando os incautos,
Trapezistas voadores,
Ilusionistas afamados,
Palhaços muito engraçados,
Bailarinos ou domadores.
Neste palco do viver
Alegremos este circo
Vivendo na ilusão
Da felicidade procurada
Mas, dificilmente encontrada,
Neste rodopio constante
Desta música fascinante
Que nos envolve e atira
Para a roda desta vida
Numa luta extenuante.

E, quando o coração chora,
De amargura e cansaço
Pintemos o nosso rosto
Com a cara do palhaço
Sorridente e bem disposto
Ainda que as lágrimas caiam
Em fio, no nosso regaço,
Misturadas com os risos
Os soluços e os abraços
Que recebemos nesta vida
De agonia, dores e cansaços.

27/02/12

Maria Sá

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

A Busca

Dia de sol radioso!
O mar, de um cinza anilado, pincelado a oiro e prata pelo sol da tarde, com leves ondas de espuma branca, permanece impávido e sereno à busca da jovem mulher, curvada sobre a areia.
Com um pequeno pau na mão, lá vai mexendo e remexendo, em busca do seu tesouro.
Que procura ela com tanta sofreguidão?!
Uma jóia perdida, uma moeda enterrada na areia húmida ou simplesmente um beijinho ou um búzio, lançado na praia na maré alta?
Senta-se e continua  afanosamente a sua procura desenfreada…
Nada encontra!...
Levanta-se, estica as costas cansadas e dobra-se novamente pesquisando todos os meandros do areal.
Aninha-se, para conseguir visualizar o tesouro escondido nesta areia infinda semeada de toda a espécie de restos de conchas e detritos.
Uma gaivota parada junto ao mar, olha curiosa para esta mulher que, com tanto afã dedica o seu tempo a uma procura infindável.
E ela, lá segue junto à rebentação das ondas…
E… que vejo eu?!
Um homem, de boné na cabeça, junta-se a ela naquela busca insana e, os dois curvados, mexendo e remexendo na areia, em busca sabe-se lá de quê.
Do pão do seu sustento, de uma preciosidade perdida, de uma concha especial ou única e simplesmente a busca infinda do passar do tempo debaixo de um sol morno de inverno ou, quem sabe, apenas uma pequena lembrança levada deste areal dourado, beijado pelo calor do sol de Janeiro, nesta linda praia da Póvoa de Varzim?!...
E eu, aqui sentada, à mesa de um café, vou também passando o meu tempo escrevendo sobre nada e dizendo quase tudo.
Há momentos felizes, passados em busca de nada e encontrando tão pouco, mas repletos de uma calma incomparável e do aproveitar sereno da nossa existência.

10/1/2012
Maria Sá