sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Sorrisos


Sorrisos ternos
Emocionados, meigos
E, quantas vezes, acompanhados
De lágrimas de alegria
Qual gota de orvalho
Ao raiar dum novo dia.

Sorrisos de troça,
Zombeteiros,
Amargos e traiçoeiros
Carregados de ironia
Que nos magoam e maltratam
Descarregando em todos nós
Uma onda de agonia.

Sorrisos francos
Rápidos, mas reconfortantes,
Sorrisos de esperança
Tantas vezes hesitantes
Mas com muita cumplicidade
Transformando esses momentos
Em clarões de felicidade.

Sorrisos deslumbrados
Plenos de egoísmo
Acompanhados de trejeitos
E gestos de desdém
Ridículos, frágeis,
Sem vida, sem amor,
Estudados e usados
Como poção envenenada
De puro narcisismo
Sem respeito por ninguém.

Sorrisos condescendentes,
Conciliadores, amigos,
Partilhados com carinho
Com o irmão sofredor
Dando-lhe alento e afecto
Para viver esta vida
Com muita fé e amor.

Sorrir… Sorrir…Sorrir…
Com todo o nosso ser
Gerando em nosso redor
Uma explosão de prazer.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Palavras


Palavras usadas,
Murmuradas,
Ditas com amor
Ou com ironia,
Lançadas como espadas,
Torneadas, requintadas,
Azedas
Ou simplesmente lançadas
Para provocar agonia.

Palavras ternas
Saídas do coração
Que soam como sinfonia
E nos enchem de alegria.
Palavras de afeição
Ou de falsa emoção
Usadas com habilidade
Para convencer nosso irmão
A fazer o que queremos
Mas plenas de falsidade
E de pura ilusão.

Palavras gritadas,
Enraivecidas,
Proferidas com rancor
Atingindo o nosso ser
Como flechas envenenadas
Deixando-nos tristes,
Angustiados, feridos,
Arrasados,
Reduzindo-nos ao desespero
Ao desconforto
E ao terror.

Silêncio!...
Reflexão!...
Usar palavras?!
Sim,
Mas de amor e saudação.
Palavras que encham de paz
Harmonia e bem-estar
Quem de nós se aproxima
E a quem chamamos de irmão.



Maria Sá
05-12-2011

Felicidade, onde estás?


Felicidade, onde estás?
Perguntais no dia a dia
Ansiosos e frustrados
Por ela ser tão fugidia.

E ela,
 Qual criança irreverente
Espreita e ri-se baixinho
Mas, sempre airosa e contente,
Vai-se escondendo mesmo ali,
Junto a vós,
Qual ratinho
Bem maroto e atrevido,
Espreitando docemente
Com aquele ar insolente
Mas bastante divertido.

E vós, pobres mortais,
Que nem para ela olhais,
Correis por todos os cantos
Buscando, com sofreguidão,
O que ao vosso lado está
E que, nessa confusão,
Pensais logo conseguir
O que está na vossa mão
E só vós podeis construir.

Ninguém feliz vos fará
Se não a tiverdes já
Dentro do vosso coração
E, de vós,
Deixardes emanar
Todo o amor e alegria
Que ela própria irradia
Através do vosso olhar.


14-11-2011

domingo, 6 de novembro de 2011

TALVEZ…


Talvez…
Um dia…
Sim… Talvez!...
O Homem consiga entender
Que, para ser feliz,
Não precisa de muito ter
Não é por num palácio viver
Que a alegria virá
Nem por andar a passear
Num carro topo de gama
Que a felicidade encontrará.

Sim… Um dia…
Talvez…
O Homem consiga acordar
E ver, sem sequer olhar,
Que a beleza dum ser
Não está em bem parecer…
Mas, se no seu interior,
Muito amor tiver pr’a dar
E com todos o partilhar
Fazendo deste universo
Um mundo de harmonia
Com todo o encanto e magia
Que o Homem quer conquistar.

Tudo será simples e belo
Sem tabus,
Sem preconceitos,
Sem mentiras e ambições,
Que destroem
O que de mais belo
Há nos nossos corações.

Sim!...
Talvez… Um dia…
Todos consigamos dar as mãos
E nos abracemos como irmãos.

7/11/2011

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

OS SEXAGENÁRIOS


As notícias nos jornais são bem evidentes do quão pouca importância é hoje dada às pessoas com idades a partir dos sessenta anos.
Vejamos certos extractos dos diários do nosso Portugal:
Um sexagenário foi atropelado…
Foi assaltado um casal de sexagenários…
É assim!...
A partir dos sessenta anos perdemos a identidade, deixamos de ser úteis, somos tratados como uma antiguidade que se guarda mais por respeito aos nossos antepassados que um bem precioso que partilhou connosco a sua vida, nos dedicou o seu tempo e mocidade, se aniquilou centenas de vezes em nosso favor, que nos escutou com atenção quando precisámos de desabafar, que deixou passar o seu tempo de saúde e força usando-as em nosso proveito…
E agora?!
É apenas mais um sexagenário que anda neste mundo só a atrapalhar pois já não trabalha, não produz, não faz nada de útil pois está completamente ultrapassado.
Para quê escutá-lo e beber a sua experiência de vida, se a televisão tudo ensina e a internet está ao nosso dispor?!
Esquecemo-nos, no entanto, do amor e carinho que “o velho” transmite nos seus ensinamentos, a emoção que põe nas suas histórias apaixonadas e o equilíbrio conseguido pela experiência de uma vida vivida, pela luta constante na resolução de problemas e que só ele consegue imprimir no seu relato de um facto vivido.
Com a evolução,” os velhos “ são considerados coisas sem préstimo e que ainda não são eliminados porque a lei não o permite. São, no entanto, postos em contentores (os lares de idosos), não para reciclagem, mas para dar oportunidade aos jovens de trabalhar, viver, gozar a vida.
Parece impossível como evoluímos tanto no campo da ciência e tanto regredimos no dos sentimentos humanos!
A maior parte das pessoas, a partir do momento em que são avós são usadas como amas dos netos sendo, no entanto, várias vezes recriminadas pelas suas atitudes de benevolência ou até mal compreendidas quando pretendem ajudar a educar estabelecendo regras e condutas de ética social.
Se, pelo contrário, os avós são suficientemente sabedores para ensinarem inúmeras coisas, são ainda vistos como algo a evitar, pois poderá acontecer que as crianças descubram que os mais velhos têm valores e sabedoria que poderá ultrapassar em vários aspectos os dos seus progenitores.
Na realidade, voltamos outra vez à era em que se levavam os pais ao monte e aí os abandonavam à sua sorte. Hoje, para ficarmos com a consciência descansada, arranjamos-lhe bons lares (quase hotéis de 5 estrelas) mas despidos de amor familiar e do carinho dos mais novos ficando ambas as gerações prejudicadas pela falta de interacção entre as crianças e os “velhos” que tão frutuosa se mostrou durante séculos e onde ainda é praticada entre os povos de elevados sentimentos humanos.
Ter “ velhos” em casa é ter uma enciclopédia de vida, de amor e sentimentos que nada nem ninguém poderá substituir.

26/10/11

domingo, 23 de outubro de 2011

VELHICE


Estou velha?!
Velha?! Eu?!
Como posso estar velha
Se gosto tanto de viver?!
Cansada!...
Talvez!...
Mas velha?!
Não, isso não!
Podeis crer.

Gosto de dançar,
Nadar e escrever…
Às vezes pinto
Um quadro harmonioso
Que guardo com prazer.
Sei um sem número de coisas
E ainda espero muitas outras aprender.

Então, por que me chamam de velha,
Se dentro do meu coração
Ainda há tanto querer?!

Velho,
 É aquele que se cansou de viver,
Que passa pela vida sem nada fazer,
É o pessimista que na noite
Só vê o breu,
Sem nunca vislumbrar
O veludo do céu.

17/10/2011

LAR… DOCE LAR!...


Lar!...
Casa!...
Família!...
Amor, partilha, doação,
Viver com afecto
Carinho e compreensão.

Lar!... Depósito!... Armazém!...
Tentar viver os últimos dias
Sem amor, sem carinho,
Sem afeição de ninguém.
Partilhar um espaço
Com todos os “velhos”
Que os filhos guardaram,
Abandonando-os com certo desdém.

Já não prestam,
São chatos, aborrecidos,
Contam a mesma história
Vezes sem conta ,
Num vaivém.

Há anos atrás,
Eram os filhos pequenos…
E perguntavam, perguntavam,
Vezes sem conta,
A mesma coisa também.
O pai, paciente,
Explicava, contava, descrevia,
A mesma coisa , no mesmo vaivém.

O tempo passou,
O filho cresceu…
A história repete-se
O pai, envelheceu,
Mas o filho já não tem
Tempo nem carinho,
Para ouvir a história
Que o “velho” conta
Neste vaivém.

18/10/2011   Maria Sá

terça-feira, 27 de setembro de 2011

A ternura do amor


Como eu te queria dizer
Quanto é belo este mundo
O quão bom é o viver
Se o nosso coração
Está feliz e em paz
E deixamos fluir
Todo o amor que guardamos
E com lágrimas o regamos
Para ver depois florir
Em lindas corolas multicores
No jardim do nosso ser
O fruto dos nossos amores.

Tu querias ser feliz
Mas como poderias sê-lo
Se por mais que me ames
Nunca consegues dizê-lo?

Não podes ser narcisista
Ditador ou egoísta;
Tens sempre de acreditar
Que em todo o ser humano
Sempre poderás encontrar
Algo de belo ou insano
Onde sempre aprenderás
Que há algo a respeitar.

Verás, que muito em breve,
Se deixares germinar
Dentro do teu coração
A semente do amor,
A felicidade virá
E o jardim do teu ser
Terá sempre o perfume
A candura e a beleza
Duma planta em flor.

23/08/2011
Maria Sá

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Póvoa de Encantos Mil


Póvoa de encantos mil
Do lindo céu anilado
Do azul e imenso mar
Do homem forte e viril
Que com coragem e vigor
Enfrenta no dia a dia
Este mar tão prazenteiro
Sem pensar e sem temor
Que se pode em breve tornar
No túmulo mais traiçoeiro.

Sempre, sempre a navegar
Lá vai o pescador poveiro
De velas soltas ao vento
Sulcando o lindo mar
Buscando no meio das ondas
O cabaz do seu sustento.

E, na praia, lá está
Sua tricana poveira
Rezando à Virgem Mãe
Que o traga são e salvo
De novo, pr’a sua beira.

Tricana Poveira


Olha a linda tricaninha
Vestida de alva blusa
Mãos na cinta
Face erguida
Mui radiosa e altiva
Pr’o pescador,
Uma musa!

De cabelo ondeado
Preso atrás,
Bem penteado,
Com seu avental garrido
Bordado bem a preceito
O sapato alto e preto
De brilhantes enfeitado
Batendo bem o tacão
Com graciosidade e com jeito.

Lá vai ela, bem trigueira
E com um ar confiante
Exibindo com galhardia
A beleza e a ousadia
Da linda mulher poveira.

Hino à Póvoa


Póvoa!
Férias!
Mar azul!
Passeatas ao luar…
Ver cair o pôr-do-sol
Lá longe… por trás do mar!

Sol!
Areia!
Água fresca!
Passeios à beira mar…
Gaivotas soltando gritos
Lá no céu a esvoaçar!

Ouvia-se a ronca da Póvoa,
Havia nevoeiro no mar!
Ao Garrett ou ao Póvoa-Cine
Toda a malta ia parar.

E, se o vento soprava,
Lá do Norte, sem parar,
Era certo que à Junqueira
Todos iam passear.

Lá tinha lojas de modas
Ourivesarias e bares,
Sapatos, brinquedos e doces,
Para a todos agradar

E assim eram as férias
Nesta Póvoa tão faceira;
Mesmo em dias de chuva,
Íamos todos à Junqueira.

Com estas recordações
Tão belas da mocidade,
Abracei a linda Póvoa
Vim viver nesta cidade.

Maria Sá

15/06/11

Sonhos Brancos


Eram brancos
E voavam… voavam…
Pairavam no ar
Felizes planavam
Tão rentes ao mar.

Seriam pombas,
 Gaivotas ou nuvens?
Ou apenas sonhos
Perdidos no ar?!...

Meus sonhos brancos
Meus gritos de dor
Ecoando, bradando,
No meu peito a gritar.

São falsos sorrisos;
Felicidade vã;
São mágoas,
São dores,
Que teimo em guardar.

26/10/2010

Sonhos


A vida é feita de sonhos.
No caminho que calcorreamos diariamente, vamos idealizando aquilo que gostaríamos de ser ou ter, enfim, um sem número de sonhos com que vamos alimentando a nossa existência.
Lutamos, trabalhamos, esforçamo-nos ao máximo para podermos concretizar e, muitos outros, são destruídos pouco depois de alcançados.
Apesar disso, há em nós uma necessidade de irmos acreditando nos nossos sonhos, embora a maior parte deles ser um verdadeiro fracasso nas nossas vidas; ora porque nunca os conseguimos realizar, ora se esvaem por entre os dedos como os grãos de areia.
Esta caminhada da vida é feita de tudo isto: entusiasmo, alegria, coragem, desilusão, abnegação, fracasso, realização mas, acima de tudo, muita coragem e perseverança e, acreditando sempre, que Deus, Nosso Pai, jamais nos abandonará e, com esta confiança, seremos capazes de enfrentar os problemas com a certeza de que tudo conseguiremos e, apesar dos imensos senãos, ainda estaremos prontos para continuar sempre a lutar pelos nossos ideais.
Sonhar…sempre.
Desistir…nunca.

sábado, 17 de setembro de 2011

Um raio de luz


Sopra um vento forte!
Quase que me faz tombar…
As árvores vergam,
Ouvem-se assobios por entre as frestas,
Vem do Norte,
Há “carneirinhos” no mar.

As ondas sobem na praia
Desfazendo-se em água e espuma
E dentro do meu coração
 Vai-se formando uma bruma.

São nuvens baixas
 Nevoeiros matinais
Sopra o vento
Arrasta as nuvens
Vão desaparecendo os meus ais.

O Sol brilha!
O céu, de um azul anilado,
Reflecte-se no mar neste dia tão agreste
Mas lindo e ensolarado.
  
E a vida, assim nos conduz;
Por trás do vento forte,
Há sempre um raio de luz.

Maria Sá
08-07-2011

Mar... Doce mar...


Onde estás ó doce mar
Que te vinhas espraiar
Nesta areia morna e terna
Que sempre te esperava
Qual amante enfeitiçada
Para em meus braços te enlear?!

Onde jaz teu marulhar
Da onda suave e mansa
Do teu canto de sereia
Que me seduz e enleia
Nas noites de lua cheia
À luz suave do luar?!

Ouço o teu rugido medonho
Qual fera enjaulada
E com grilhetas amarrada
Nesse profundo e negro abismo
Nesse rosnar enfadonho
De quem já perdeu a esperança
Das medusas se libertar.

E, nesse lamento sem fim,
Nesse choro constante e louco
Que tentas aquietar
Revolves as tuas entranhas
E num grito forte e rouco
Gemendo de dor e cansaço
Desfazes-te em espuma
E em molhos de sargaço
Vens de novo te espreguiçar
No calor do meu regaço
Onde podes descansar.

16/o9/2011

sábado, 13 de agosto de 2011

Deixa-me Rir

Deixa-me rir

Daquele que passa

Empertigado

Tão cheio de graça

Pensando que os outros

O vão adorar.


Deixa-me rir

Deste mundo infame

Carunchoso e podre

Prestes a ruir

E daqueles que pensam

Ter o poder nas mãos

Mas ocos, vazios,

Numa angústia atroz

Se passeiam ufanos

Espalhando a dor

Destruindo famílias

Desprezando os velhos

Semeando desgraça

Fomentando rancor.


E, nesta vida,

De ilusão constante

Vou rir,

Para não chorar

De tanta farsa

Tanta hipocrisia

Tantos corações

Prenhes de riqueza

Vazios de alegria

Passeando ufanos

Querendo mostrar

Tesouros acumulados

Mas sem nada,

Mesmo nada,

Para partilhar.


Maria Sá

7/7/2011


Ver video de declamação do poema no Sarau de Poesia


Meus Castelos de Areia...

Meus castelos de areia construí

Neles, fui princesa...

Deles, fui escrava...

Sonhei!...

Criei histórias deslumbrantes!

Mas... Que é deles?!...

Ruíram...

Pouco sobrou!...

Apenas lembranças...


Onde estão os meus sonhos?!

Onde ficou todo o carinho,

Todo o amor,

Toda a ternura,

Que neles depositei?!

Onde pairam as flores que plantei?!

O céu azul que eu pintei?!

Foram-se!...

Desfizeram-se!...

Só restam recordações!...

Nada mais!...


Eram lindos os meus castelos!

Oh! Como eram lindos!

Mas...

Só restam escombros!...

Só resta a saudade!...

E... uma forte vontade

De os refazer.

Mas... não de areia...

De pedra e cal

Para durarem

E ainda trazerem

Alegria e paz

A este coração cansado

De tanto dar

E pouco ou nada receber.


Maria Carolina Sá

15/06/2007

Sarau de Poesia


No passado dia 11 de Agosto, no Diana Bar, Biblioteca de Praia, decorreu o Sarau de Poesia organizado pelo grupo de POETAS POVEIROS e amigos da Póvoa, do qual Maria Carolina Sá faz parte. Este Sarau de Poesia inseriu-se no programa da Feira do Livro da Póvoa de Varzim.

Maria Carolina Sá declamou os seus poemas:
O Sarau de Poesia decorreu em espírito de grande harmonia, com a sala completamente cheia das 21:30h até depois da meia-noite.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

O céu do meu penar

Quando a noite cai

As trevas me envolvem

O silêncio se torna insuportável

As lágrimas rolam

As forças se esvaem

E tudo se torna negro e frio…


Pego em tintas e pincel

Pinto estrelas no céu

Desenho uma lua redonda

E, na janela do meu ser,

Começa de novo a surgir

O meu sorriso dormente

E o luar a inundar

As trevas do meu olhar


Suavizando docemente

Esta agonia latente

Que me vem atormentar.


E, nessa noite sem fim,

Em que me sinto a agonizar

Surge a madrugada airosa

Pintando de cor-de-rosa

Esse céu do meu penar.


E de novo canto e rio

Dançando no firmamento

Que era negro e sombrio

Mas que o luar iluminou

E o Sol, com o seu poder,

Conseguiu desvanecer.


Maria Sá

4/8/2011