domingo, 23 de outubro de 2011

LAR… DOCE LAR!...


Lar!...
Casa!...
Família!...
Amor, partilha, doação,
Viver com afecto
Carinho e compreensão.

Lar!... Depósito!... Armazém!...
Tentar viver os últimos dias
Sem amor, sem carinho,
Sem afeição de ninguém.
Partilhar um espaço
Com todos os “velhos”
Que os filhos guardaram,
Abandonando-os com certo desdém.

Já não prestam,
São chatos, aborrecidos,
Contam a mesma história
Vezes sem conta ,
Num vaivém.

Há anos atrás,
Eram os filhos pequenos…
E perguntavam, perguntavam,
Vezes sem conta,
A mesma coisa também.
O pai, paciente,
Explicava, contava, descrevia,
A mesma coisa , no mesmo vaivém.

O tempo passou,
O filho cresceu…
A história repete-se
O pai, envelheceu,
Mas o filho já não tem
Tempo nem carinho,
Para ouvir a história
Que o “velho” conta
Neste vaivém.

18/10/2011   Maria Sá

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