quarta-feira, 5 de maio de 2010

São marcas do tempo…

Abre-se a rosa…

Expõe suas pétalas,

Exala seu perfume,

Como é linda!

Magnífica!...

É beleza, é frescura!...

É símbolo de amor, de Primavera!...

Mas…

As pétalas caem

Murchas, amarelas!...

São pisadas, esmagadas!…

São marcas do tempo!…

Tic…Tac…Tic…Tac…

O relógio não pára…

Tic…Tac…Tic…Tac…

O sorriso esmorece;

As ilusões foram-se;

Uma ruga aparece…

Tic…Tac…Tic…Tac…

São marcas do tempo!...

Páginas vividas,

Sonhos desfeitos,

Amigos ausentes…

Solidão… Angústia… Frustração…

São marcas do tempo!...

A saudade instala-se…

Tic…Tac…Tic…Tac…

O Sol aparece,

As nuvens diluem-se,

A esperança renasce…

Neste Outono sombrio

Ainda há vida…

Ainda há calor…

Ainda se vibra

No meio da dor!...

São marcas do tempo

Em todo o seu fulgor!..

O Sol brilhou,

A chuva caiu,

A tempestade passou…

E, nestes olhos cansados

Nova luz surgiu…

A esperança voltou.

São marcas do tempo!...

Tic…Tac…Tic…Tac…

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