Abrem-se portas,
Mas logo se fecham.
Quero luz,
Quero sol,
Alegria!...
Escuto, observo…
Sinto o cheiro do ar…
Silêncio…Breu…
Cheira a mofo…
Caminho,
Tropeço,
Caio,
Rasgo a pele.
Levanto-me,
Sigo em frente…
Oiço o murmúrio das águas,
Sinto o cheiro a fresco;
Baixo-me, tacteio e sinto
A frescura da água corrente.
Limpo as feridas,
Lavo meu rosto
Sujo de pó e sangue
De lágrimas de dor.
Prossigo…
Há réstias de luz
Além!...
Ouço o esvoaçar dos morcegos
Arrepio-me…
Respiro fundo…
Descontraio…
Já ouço o trinado dos pássaros!...
A luz penetra a medo
Pelas frestas.
Estou mais confiante;
Avanço!...
E…no limiar deste túnel escuro,
Já vejo o Sol a brilhar,
Os pássaros a chilrear,
A relva verde!...
Nova porta se abre!...
Vou aproveitar
E viver mais um momento
De alegria, felicidade.
Ou, de novo fracasso?!...
De nova desilusão?!...
Não sei, mas quero viver,
Amar, rir,
E, se necessário for,
Continuar a sofrer…
10/06/2010
Maria Carolina Sá
Sem comentários:
Enviar um comentário