terça-feira, 2 de junho de 2009

Casamento

Hoje em dia a palavra casamento assusta os jovens. Preferem juntar “os trapinhos” para ver se dá e, depois, ou se separam com um simples chau, foi bom, curtimos à brava e partem numa boa para curtirem a vida à procura da felicidade.
Mas, que felicidade?
Aquela conseguida apenas pela atracção física, pelo prazer imediato, pela alegria de ter quem lhes segrede ao ouvido a palavra mágica “Amo-te”.
Jovens, parem e meditem um pouco.
Vós estais a ser as vítimas número um dos meios de comunicação.
Ora vos aparecem imagens sem o mínimo de pudor exibindo corpos nus que satisfazem o seu apetite sexual com todos os requintes e posições possíveis, ora vos mostram que o casamento não passa de um fardo que se carrega por toda a vida.
E vós, inexperientes que sois, com toda a força da vossa virilidade e capacidade de reprodução, embarcais nesse “comboio” que vos é mostrado como o modelo para ser feliz.
Pobres e queridos jovens, como eu vos lamento! Mas a culpa não é vossa.
A culpa é de todos os adultos que, na mira de alcançar dinheiro fácil, jogam com as necessidades sexuais do vosso corpo e vos convencem a usá-lo única e simplesmente com essa finalidade “o prazer físico imediato“.
Os vossos pais e demais educadores, embora não concordem, mas para que não sejam chamados de “botas de elástico“, “cotas“ ou outras nomenclaturas que vós hoje usais, tapam os olhos, tentando convencer-se que realmente estão velhos e ultrapassados e deixam-vos seguir em liberdade o vosso rumo sem terem tido a coragem de vos enfrentar e dizer-vos com convicção:
_Estás errado, meu filho, esse não é o caminho da felicidade. Podes gozar muito, conhecer muitos parceiros/as mas, no fim, sentirás um vazio enorme. Chegarás à conclusão que passaste a melhor parte da tua vida a construir uma felicidade falsa, assente na areia e sem hipóteses de se aguentar. Sentirás que o teu corpo foi usado, vilipendiado em busca de uma falsa felicidade.
E, se os pais reflectirem um pouco, sabem que pecaram por omissão, por falta de coragem para gastar tempo com os seus filhos, tentando incutir-lhes o bom-senso e preparando-os para a verdadeira felicidade.
O que vemos hoje?
Avós que têm de se ocupar a tempo inteiro dos seus netos, voltando a ter a responsabilidade de ser pais, porque os seus filhos não foram preparados para o serem ou tiveram a infelicidade de encontrar um parceiro/a que o não foi. São avós angustiados ao verem os seus netos sofrendo com a separação dos pais, serem jogados qual bola de ténis do colo da mãe para o colo do pai. Crianças que perdem as suas referências de FAMÍLIA que é e será sempre o alicerce da sociedade.
Perdoem-me se estou a ser dura demais. Mas, com isto, só quero alertar-vos a todos vós, queridos jovens, de que estais a ser ludibriados por este mundo que vos rodeia e, o que é pior, com o consentimento dos vossos pais e educadores que ora vos incentivam a gozar a juventude, ora tapam os olhos, metendo a cabeça na areia como a cegonha, para se alhearem da sua responsabilidade de EDUCAR.
Atenção, pais e adultos em geral.
Ou assumis com muita coragem a missão que vos foi confiada por Deus ou ireis pagar muito caro o que estais a fazer. Mais cedo ou mais tarde, os vossos filhos ir-vos-ão pedir contas da vossa irresponsabilidade ou do vosso medo de enfrentar este mundo tão perverso.
E, mais uma vez, meus queridos jovens, tende a coragem de enfrentar os vossos amigos e de dizer em alto e bom som:
_Não é essa a felicidade que eu quero para mim e para a família que eu pretendo constituir. Ajudem-me a seguir o caminho certo.
E, então, deixaremos de ver velhinhos chorando com a ausência dos filhos, abandonados tanto física como psicologicamente, atirados para um canto como de uma simples coisa fora de moda que, só não é queimada, porque a lei não permite.
Reparem que as tribos primitivas respeitavam e amavam os seus velhinhos pois, apesar de já não terem força para os trabalhos físicos, têm uma experiência de vida que nos pode e deve ser passada para podermos refrear o ímpeto da juventude.
Não tapemos os olhos, não deixemos correr, mas tenhamos a coragem de clamar:
_Que mundo podre e sem valores morais estamos a deixar aos nossos filhos?
_Que mundo triste, coberto de notas de banco, prazer imediato, ideais corruptos de felicidade, estamos a criar?
Esta crise, que todos estamos a passar, é um sinal de Deus para pensarmos o quão irresponsáveis nós somos.
Semeemos flores e não ervas daninhas pois, estas, rapidamente abafarão o jardim das nossas vidas, tornando-as num monte de lixo nauseabundo onde ninguém quererá viver.
Coragem jovens!...
Coragem adultos!...
Usem a vossa vida, a vossa capacidade de amar para, com muitos sacrifícios, alcançardes a verdadeira felicidade.

2 de Junho de 2009

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